sábado, 1 de fevereiro de 2014

Recomeço. Eu acho.

Primeiro de Fevereiro de 2014

vamos fingir que Janeiro não existiu. Vamos fingir que o ano começar hoje. Feliz ano novo pra mim. Quer saber como estou me sentindo? Uma bosta. Semana passada, decidi terminar tudo com aquele cujo nome não devemos pronunciar. Na verdade, tenho quase certeza de que ele vai me evitar por um tempo, para que quando nos virmos de novo, ele não precisar lidar com o que aconteceu sexta ou sábado.

Sexta, dia 24 de Janeiro, tinha tudo pra ser a melhor noite da minha vida. E aí aconteceu o que aconteceu. Estava tudo tão bom e tão gostoso até o imbecil pisar feio na bola. E eu tenho quase certeza de que ele estava conversando com outra menina na minha "frente" no celular. Eu ali, nua, feliz, apaixonada. Ele do meu lado, totalmente à vontade comigo. Sonhei tanto com isso, com o momento em que a gente ia se sentir simplesmente à vontade um com o outro. Era a primeira vez em que eu não estava nervosa, nem ansiosa, nem surtada. Eu estava... bem. E ele também. Tão bem, que achou que poderia buscar o celular e teclar sem fim com sei lá quem. Não quis nem espiar, porque afinal de contas, não tinha nada a ver. E eventualmente ele parou.

Dormir agarrada com ele é a melhor parte. Naquele calor, um outro corpo grudadíssimo em mim geralmente me incomodaria, mas eu queria morar ali pra sempre. Enroscada nele.

Ele recomeçou os carinhos e eu quase tive um treco de que ia rolar de novo, e ia ser bom de novo, e aí aconteceu o que aconteceu e eu fui embora chorando. Idiota.

Idiota, idiota, idiota, idiota.

Ele pediu desculpas. Ele me abraçou, ele me beijou, ele me mandou mensagens e por algum motivo, eu queria tanto que ele conseguisse consertar a situação. De certa forma ele tentou. E eu tentei acreditar de que ia ficar tudo bem, que ia ficar melhor ainda.

Quando ele cancelou a sexta-feira dessa semana, eu sabia. Eu simplesmente sabia: ele não me quer. Ele pode ter qualquer uma, pra que ele ia querer alguém complicada e sensível como eu? Pra que uma boa moça? Pra que ter que me tratar bem e conversar comigo no dia seguinte se ele pode simplesmente ficar com qualquer vagabunda que ele quiser, sem manutenção alguma?

Tentei decidir não querer mais nada com ele antes que eu descobrisse que ele não me quer também. Eu terminei tudo dentro de mim. Não falei nada com ele, mas eu tomei minha decisão e chorei. Chorei, chorei e chorei. Até me dar uma enxaqueca. Acordei no dia seguinte com um nó de tensão nas costas que já dura 3 dias e não melhora. Ainda quero chorar de vez em quando, mas acho que vou ficar bem.

A melhor parte de tudo foi, definitivamente, desenvolver uma doença nas minhas partes íntimas que eu nunca tive antes. Não significa necessariamente que foi ele que me passou, já que é uma doença que a gente pode desenvolver a qualquer hora. Mas em 27 anos, eu nunca tive nem um princípio de candidíase e de repente, há uma queimação irritante no meio das minhas pernas. Era tudo o que eu precisava. Lembrancinha do nosso "amor". Eu preferia as marcas de mordidas.

Meus pais estão aqui, então eu não posso tomar uma cerveja e chorar sossegada no quintal. Fingir que está tudo bem é ainda mais difícil.

Logo depois do término do meu casamento, eu fiquei imaginando se algum dia eu conseguiria me apaixonar de novo. E pelo jeito, eu consegui. Me apaixonei como uma adolescente tontinha, esperando que um dia ele perceba que eu existo e me chame pra sair (pq em 6 meses, nunca saímos juntos, a não ser que conte no dia do meu aniversário - que não conta).

Mas quer saber?

Nesse meio tempo, eu descobri que eu sou bonita. Ele me ajudou a me sentir bonita - isso foi ele, definitivamente. Ele é lindo, bem sucedido, gostoso e ele pode ter literalmente qualquer uma. E não só ele disse que eu sou linda, como disse que eu sou uma das mais lindas. Não foi apenas o que ele disse... a maneira que ele me olha, a maneira que ele me trata, tudo nele... eu mal conseguia acreditar que ele realmente pensava tudo isso de mim.

Devagarzinho, comecei a reparar em outros olhares, e recebi atenção de outras pessoas. Ele era o única que eu queria. Porra, ele ainda é o único que eu quero.

Mas ele me fez acreditar que eu valho alguma coisa. Eu não sou desprezível como meu ex fazia eu me sentir.

Então, que novas experiências venham. Que eu conheça pessoas diferentes. Que quem sabe, eu me apaixone novamente - só não ainda, por favor.

Talvez alguém apareça e ache que eu valho um jantar, um cinema, um barzinho, ou até um café, que seja. Mas, quem sabe, talvez um dia alguém queira sair comigo em público.

Até lá, que apareçam novas amigas, novos amigos, algum casinho e coisas boas.

Quem sabe, quem sabe.

Talvez eu até leia a bosta do 50 tons de cinza, já que estão dizendo que eu sou a tontinha da Anastácia.

Eu só quero que a dor vá embora. E não ter dor de barriga toda vez que formos nos ver. Isso se ele não cancelar as aulas de inglês também. Aff, que se dane.

Eu só queria que tudo não fosse tão incrivelmente mais difícil pra mim.




domingo, 19 de janeiro de 2014

Foi muita crueldade, eu acho.

Tudo o que eu queria era me distrair, tirar minha mente do que tem acontecido agora, conhecer gente nova, sair um pouco, me arrumar pra alguém.

Aí hoje aparece um ser que eu já conhecia, que sempre soube que me achava bonita. E ele diz todas as coisas que eu queria ouvir. Sobre como eu sou linda. Sobre como ele sempre me quis.

Ele me chamou pra sair. Insistiu. Disse que tinha que ser hoje. Disse que ia me levar em algum lugar mega especial. Disse que eu me arrumar, pra ficar linda e que eu ia adorar a nossa noite, que estava ultra mega ansioso pra me ver.

Eu comecei a me arrumar duas horas antes. Lavei e sequei o cabelo, usei minha maquiagem cara, passei as últimas gotas do meu perfume favorito (e o mais caro), coloquei o salto e esperei. Ele disse que ia atrasar. E eu esperei mais. E continuei esperando.

E ele não veio.

Quando já fazia mais de uma hora e meia do horário dele passar em casa, mandei uma mensagem e ele só respondeu "Me perdoe."

Subi para o quarto, tirei o vestido, sentei na cama e chorei.

Não porque eu gostasse tanto dele, porque ele nem faz muito meu tipo. Mas eu só queria tirar a minha cabeça de tudo o que tem acontecido. Queria me sentir menos neurótica e ansiosa uma vez pelo menos. É um rapaz bonito, bem sucedido, eu achei que pudesse pelo menos ter uma conversa decente e me divertir um pouquinho. Eu só queria um pouquinho de alegria, nem que fosse passageira, nem que fosse de mentirinha.  Não estava pedindo amor, nem sexo, nem ia fazer nada demais. Eu só queria me sentir especial. Queria sentir que eu valia a pena para alguém. Alguém realmente vinha me buscar em casa e me levar pra jantar.

Aparentemente eu não valho a pena, pra ninguém.

Eu não valho a porra de uma explicação.


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Eu quase queria que tivesse sido ruim. A minha primeira vez. A nossa primeira vez.

Eu quase queria que tivesse sido péssima e traumatizante, pra que eu aprendesse que não se faz esse tipo de aventura. Pra que eu me contentasse com minha vida pacata e tediosa, sem amor, sem carinho, sem sexo.

Eu queria estar satisfeita com o tédio.

Você entende?

Se tivesse sido horrível, eu não sentiria tanto a sua falta, nem ficaria tão fascinada por tudo o que eu me permito quando estou com você.

Se tivesse sido a pior noite da minha vida, eu não ficaria tão ansiosa pra te ver de novo, nem perderia a respiração só de lembrar da sensação que é acordar ao seu lado.

Todo dia, eu acordo e a primeira coisa que eu penso é como eu gostaria que você estivesse ali comigo. Todo santo dia.

Todo dia eu checo o facebook, o email, o instagram, o whatsapp, esperando algum contato seu. Quando sobe aquele coraçãozinho idiota com seu nome do lado, indicando que você curtiu minha foto no insta, meu coração quase se atropela, porque não consegue se decidir se bate mais rápido ou se para de bater de uma vez por todas. E depois quero morrer por me satisfazer com migalhas.

Decidir não te querer mais foi a resolução mais difícil de 2014.

E provavelmente a que eu jamais conseguirei cumprir.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

And 2014 starts

2014 começou na praia, ao lado da minha família, com fogos estourando acima da minha cabeça, celebrando o ano que se iniciava.

2014 continuou na piscina, na praia, no sossego de Vila Velha. Aqui, refugiada, tenho pensado bastante em tudo o que aconteceu e no que eu quero para a minha vida esse ano.

Por mais que eu goste de pensar que eu possa continuar no mesmo caminho, eu sei de verdade o quanto de paz ele me tira. Ontem, chorei. Do nada. Simplesmente tive uma crise de choro logo antes de dormir, pensando nele e no quanto eu queria que ele sentisse a minha falta.

Decidi que eu vou ter um ano bem egoísta, cuidando de mim. Já comprei vouchers para limpeza de pele e um tal de peeling de minerais que deve ser bom. Comprei vouchers pra secar esse mundo de vasinhos estourados da minha perna. Essa semana, vou na manicure (e deve chover). Assim que voltar pra SP, devo também refazer a progressiva. Também vou pagar uma visita à minha depiladora querida (não existe melhor que ela) pra deixar sobrancelha e todo o resto (!!) em ordem.

Comprei um mundo de roupas novas porque gastar minha energia (e dinheiro) dessa forma me distraem e faz com que eu sinta que se não der em mais nada, pelo menos bonita estarei.

Preciso achar uma igreja porque, de alguma forma, preciso fazer as pazes com Deus, porque ultimamente sinto que eu não sou mais a filha favorita.

Hoje, antes de dormir, preciso fazer minha lista de resoluções. Preciso de foco. Não aguento mais ficar correndo ao redor do próprio rabo.

Antes de terminar, preciso dizer que estou orgulhosa de mim mesma por ter conseguido manter o foco até agora. Tudo bem que foram apenas 6 dias, mas estou firme. Afinal de contas, qualquer pessoa que chame o "lobo mau" de parceiro, não merece meu afeto nem minha atenção.


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Estou numa espécie de bloqueio. Quando um turbilhão de pensamentos me invade, eu geralmente sento e escrevo. Coloco tudo no papel como se estivesse tudo tão claro e óbvio, logo ali na minha frente.

Ultimamente, é como se não fosse mais tão palpável. Minha mente está turva. Poluída.

Esse ano eu tive a oportunidade de me relembrar. De me redescobrir. Passei por situações tão absurdamente humilhantes e degradantes que só eu sei, mas que me fizeram colocar todo o resto em perspectiva. Talvez, nos últimos 3 ou 4 anos eu tenha me perdido e então decidi me reencontrar.

Não sei o que aconteceu, acabei encontrando você.

Ameaça absurda à minha paz interior. A primeira vez em que falei com você está tão viva na minha mente como se tivesse sido hoje. Senti uma sacudida dentro de mim. Algo aqui dentro me avisou que você seria um enorme problema. E aí eu te disse que eu era casada, mesmo que eu já não fosse mais.

Você se tornou o divisor de águas da minha vida. Tem a minha vida antes de você e minha vida depois de ter te conhecido. E posso dizer que estou miseravelmente apaixonada por alguém que eu mal conheço.

Sinto sua falta absurdamente. Sinto saudades de saber que vou te ver duas ou três vezes por semana. Existe uma angústia dentro de mim, que aperta meu peito, porque eu não sei quando vou te ver de novo. E quando vou te ver, me dá dor de barriga e você mal fala comigo. Queria muito saber o que é que você tem que me sacudiu tanto. E não saber não me resolve. E aí eu não consigo escrever. Porque não consigo pensar em absolutamente mais nada que não seja você.

Dormir e acordar com você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Li outro dia que alegria e tristeza são sentidos em pontos diferentes do cérebro, então é possível sentir as duas coisas ao mesmo tempo. Me senti mais normal por me sentir tão ridiculamente feliz de ter te conhecido e de termos passado o tempo que passamos juntos, mas completamente arrasada por ser algo tão casual e descontinuado.

Eu sinto que não me cabe na sua vida. E, sinceramente, hoje eu nem tenho nada pra te oferecer.

Eu só queria ter certeza de que isso vai acontecer de vez em quando, mas pelo resto da minha vida. É pedir demais?