quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Estou numa espécie de bloqueio. Quando um turbilhão de pensamentos me invade, eu geralmente sento e escrevo. Coloco tudo no papel como se estivesse tudo tão claro e óbvio, logo ali na minha frente.

Ultimamente, é como se não fosse mais tão palpável. Minha mente está turva. Poluída.

Esse ano eu tive a oportunidade de me relembrar. De me redescobrir. Passei por situações tão absurdamente humilhantes e degradantes que só eu sei, mas que me fizeram colocar todo o resto em perspectiva. Talvez, nos últimos 3 ou 4 anos eu tenha me perdido e então decidi me reencontrar.

Não sei o que aconteceu, acabei encontrando você.

Ameaça absurda à minha paz interior. A primeira vez em que falei com você está tão viva na minha mente como se tivesse sido hoje. Senti uma sacudida dentro de mim. Algo aqui dentro me avisou que você seria um enorme problema. E aí eu te disse que eu era casada, mesmo que eu já não fosse mais.

Você se tornou o divisor de águas da minha vida. Tem a minha vida antes de você e minha vida depois de ter te conhecido. E posso dizer que estou miseravelmente apaixonada por alguém que eu mal conheço.

Sinto sua falta absurdamente. Sinto saudades de saber que vou te ver duas ou três vezes por semana. Existe uma angústia dentro de mim, que aperta meu peito, porque eu não sei quando vou te ver de novo. E quando vou te ver, me dá dor de barriga e você mal fala comigo. Queria muito saber o que é que você tem que me sacudiu tanto. E não saber não me resolve. E aí eu não consigo escrever. Porque não consigo pensar em absolutamente mais nada que não seja você.

Dormir e acordar com você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Li outro dia que alegria e tristeza são sentidos em pontos diferentes do cérebro, então é possível sentir as duas coisas ao mesmo tempo. Me senti mais normal por me sentir tão ridiculamente feliz de ter te conhecido e de termos passado o tempo que passamos juntos, mas completamente arrasada por ser algo tão casual e descontinuado.

Eu sinto que não me cabe na sua vida. E, sinceramente, hoje eu nem tenho nada pra te oferecer.

Eu só queria ter certeza de que isso vai acontecer de vez em quando, mas pelo resto da minha vida. É pedir demais?